ESTADO DE POESIA
Quando choro,
meu poema turva-se
minha pura poesia
sangra...
Quando sorrio,
meu poema aclara-se,
minha poesia
reluz...
Minha verve é quase rio
rumo ao mar, quando broto...
Minha lira é quase pântano
mar de sargaço quando murcho...
Sou assim às vezes viço
e sabujo... Mas
quando amo, meu poema
rejuvenesce,
minha poesia abençoa...
Desejo somente esse estado
amoroso... nele crio
prodigíos benfazejos...
Dos estados poéticos
o da paz e calmaria
é o que mais almejo,
ele traz à minha poética
o estado de graça...
O divino, o milagroso... !