Navegar é Preciso
Os fins não justificam os meios.
Fins há tantos e meios às vezes feios
Não valem um instante da vida!
Quando estamos às voltas
Com as verdades ocultas
Quando o que vale mesmo, nada vale,
Quando a regra de viver é a mentira
E se premia a vileza,
Quando a torpeza é caminho preferencial,
Quando, quase tudo, combina com o mal,
Quem anda por outra estrada,
Quem não faz do lobbie a arma ou falcatrua
Até parece andar pela rua errada.
Ilusão de ótica, eu diria!
Miopia, cegueira!
Difícil é viver simplesmente a vida
Porque as vibrações contrárias
Desgastam a boa energia
Iguaria rara...
E parece que se estar a matar
Um leão por dia,
Quando se quer simplesmente
Honestamente sobreviver!
No sentido lactu e strictu:
Status quo est!
Mas já dizia o poeta:
Navegar é preciso!
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