Algo em mim se rompeu 
e fiquei ali  parada 
com um parto sem bolsa
sem água, sem semente 
enquanto as lagrimas rolavam na face,
eu ali sozinha, á beira do caminho
sem entender o misterio. 

Passou o tempo, passei eu
os cabelos embranqueceram
o brilho se apagou
o riso sumiu, morreu.
As águas envenenadas da fonte
inibiram a vida
mataram a semente tardia
que jamais virá
como castigo pela fraqueza
de não lutar para proteger-se,
e pelo medo de não revoltar-se.

Por trás de cada grito, de cada berro
existe uma dor não declarada
negada, desprotegida e desprestigiada.
continue lutando, contra o que afinal?


 
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 26/02/2021
Reeditado em 28/02/2021
Código do texto: T7194010
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