Espaço
Quem dera conter-me trancafiada nas margens do meu corpo
Sem deixar
Espaços
Reflexos
Possibilidades de se identificarem
Que meus olhos não fossem tão falantes
E minha voz
Conseguisse ao menos conter o tremor ou o partilhasse para outra parte do corpo
Longe do que podem perceber
Mas tudo fica na margem
À mercê da empatia
À mercê
Do que me faz mercadoria
Quem sabe nestas
Coisas abandonadas
No caminho
Entre os cadernos e gargantas
Mente e coração
Algo sirva de distração