Ponto a ponto alinhavando,
uma manta montando...
São retalhos de tudo
para vestir no fim, o luto...
São centelhas de recordações
guardadas nos porões...
São promessas em gritos ditas
no momento de dor infinita...
São bandolins tocando pra mim
os sonhos que não terão fim...
São pedaços latentes em mim
que procuram por ti...
São lágrimas molhando
lavando da boca, o canto...
São pedrinhas da beira mar
guardadas para sempre recordar...
São dobras do corpo à pele
sorvendo o que a ética pede...
São caminhadas de idas e vindas...
São retalhos de uma vida.
Iza Mota
Recife-PE