Anseios
Uns preferem uma xícara de café
Outros, o canto dos pássaros
Gosto de escrever, quando a natureza retrato
Uma tela viva do que sinto e vejo passar nos moinhos do tempo
Nem tudo é lamento ou sentimentalismo exacerbado
Muitos dormem, mortos ou vivos
Numa inquietude de silêncios
Os ruídos, estão por todos os lados
Nos fragmentos de vozes
Nos estilhaços de cristais no fundo dos olhos
Nos cacos de telhas dos sonhos
No eco dos sorrisos acústicos
Palavra que tudo cabe
Durma, durma o próprio desejo
Mas acorde e desperte anseios
Na extraordinária mente do poeta.