IMPOR-ME
IMPOR-ME
Se eu pintasse em aquarela um mundo de quimeras?
Se escrevesse só o amor, se assim fosse, quem me dera?
Sem precisar denunciar o mal
Nem render-me como tantos ao que hoje é banal.
Se eu expressasse meus desejos sem corromper cada um dos meus interesses?
Se eu não me preocupasse em ter de mudar a mentalidade de alguém?
Sem precisar me conformar ou confortar meu próprio eu
Sem demonstrar indisposição na dor em que o mundo acometeu
Disposto estou a me impor sem querer me indispor com a opinião contrária
E traçar uma meta de visão solidária