Todas as coisas têm o seu mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas. Federico Lorca
Mistérios órficos
A poesia guarda em segredo,
sob a mudez sutil das entrelinhas,
querelas tão plangentes, como as minhas,
capazes de tornar o doce azedo.
Segredos que os reis e as rainhas,
protegem, com o fio da espada,
como a gota de sangue derramada,
que invoca por Deus nas ladainhas.
A poesia em si é um mistério,
que nem a morte ousa revelar.
Seja no céu, na terra, ou no mar...
seja na solidão do cemitério.
Segredos que o tempo há de guardar,
até que o verso encontre algum lugar,
pra fugir de si mesmo e do poeta.
Um lugar muito além do infinito,
onde a dor, lentamente, engole grito
e o final desta história se completa.
Mistérios órficos
A poesia guarda em segredo,
sob a mudez sutil das entrelinhas,
querelas tão plangentes, como as minhas,
capazes de tornar o doce azedo.
Segredos que os reis e as rainhas,
protegem, com o fio da espada,
como a gota de sangue derramada,
que invoca por Deus nas ladainhas.
A poesia em si é um mistério,
que nem a morte ousa revelar.
Seja no céu, na terra, ou no mar...
seja na solidão do cemitério.
Segredos que o tempo há de guardar,
até que o verso encontre algum lugar,
pra fugir de si mesmo e do poeta.
Um lugar muito além do infinito,
onde a dor, lentamente, engole grito
e o final desta história se completa.