>VALIDADE DOS SONHOS*

Vasculhai as gavetas dos sonhos
Muitos as traças roeram sem dó
Outros a validade foi mais breve
Dois permaneceram intactos sem pó

Há sonhos sem valência vigente
Impossível até sua execução
Outros o destino os destrói
Arrebata das mãos sem perdão

Há sonhos tão inconstantes
Que muda a mais simples palavra
São como viajantes andarilhos
A cada pouso outro sonho trava

Meus dois sonhos invioláveis
O mundo os pôs fora de moda
Se as janelas forem abertas
Escondem-se cabisbaixo, poda.

Mote do Fórum do RL
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 31/10/2007
Código do texto: T717454
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