Metáfora do estio poético
Algo ofuscou o sol dentro de mim
e sombreou o cio em minha alma!
A dor, entre sorrisos, bate palma
pro estio em que repousa o meu jardim.
A rosa que eu plantei virou capim
e a praga devastou-me a poesia.
Hoje sou um escravo da agonia,
que anuncia o parto do meu fim.
Poeta já não sou, murchou-se a lira!
Só me resta um verso que delira
no inóspito deserto do meu ser:
um verso de amor, um penitente...
qual um botão de flor na minha mente
à espera de um soneto pra nascer.
Por mais louco que possa parecer,
não sei o que escrever daqui pra frente...
Algo ofuscou o sol dentro de mim
e sombreou o cio em minha alma!
A dor, entre sorrisos, bate palma
pro estio em que repousa o meu jardim.
A rosa que eu plantei virou capim
e a praga devastou-me a poesia.
Hoje sou um escravo da agonia,
que anuncia o parto do meu fim.
Poeta já não sou, murchou-se a lira!
Só me resta um verso que delira
no inóspito deserto do meu ser:
um verso de amor, um penitente...
qual um botão de flor na minha mente
à espera de um soneto pra nascer.
Por mais louco que possa parecer,
não sei o que escrever daqui pra frente...