O tempo
O tempo é um ladrão
Estou perdida
Em suas badaladas
Entre os muros
De sua prisão
Onde os relógios
Murcham
E em vão se batalha
Contra a escravidão
O tempo é um regente
Que torna
Segundos eternos
E horas inúteis
Levando ao fundo
Até descobrir a fonte
É um reflexo da mente
Da vida
É o chão
O tempo é um remédio
Amadurece
Endurece
Amolece
Sara dor
Faz largata
Virar borboleta
E na primavera
Sempre tem flor