Pinturilando "A última ceia" de Leonardo da Vinci
Assenta-se, ao centro, penitente,
a repartir o pão de cada dia
co'a mão de quem declama poesia,
que "em verdade" esconde a dor que sente.
O olhar de quem sentiu e ainda sente
a dor de quem carrega a sua crença,
e todos os pecados de nascença
que dormem no olhar da sua gente.
A voz, erternizada na pintura,
é parte da fiel caricatura,
que ronda sob a pena do artista
ao mitigar seu estro no pincel.
Fosse eu um poeta de cordel,
e teria, como sumo avalista,
Da Vinci, ou algum idealista
capaz de me fazer subir ao céu.
Assenta-se, ao centro, penitente,
a repartir o pão de cada dia
co'a mão de quem declama poesia,
que "em verdade" esconde a dor que sente.
O olhar de quem sentiu e ainda sente
a dor de quem carrega a sua crença,
e todos os pecados de nascença
que dormem no olhar da sua gente.
A voz, erternizada na pintura,
é parte da fiel caricatura,
que ronda sob a pena do artista
ao mitigar seu estro no pincel.
Fosse eu um poeta de cordel,
e teria, como sumo avalista,
Da Vinci, ou algum idealista
capaz de me fazer subir ao céu.