Errante

Oh noite errante

que me faz calar dores e dores sem fim

Não consigo parar, não consigo

Algo está tão errado neste meu ser

Não, não tenhas piedade de mim

Não sou digna de perdão, sou a pior

Minhas palavras te abraçam

te acarinham a face

São apenas palavras

Mas afinal, quem sou eu?

Um corpo tremulo, viciado

sem nada certo a oferecer

Não, não és errante, oh noite!

Eu sou...

Por isso, melhor que me cale

Por favor me prenda, me amarre

Somente assim talvez consiga

aquietar-me

e assim meu viver volte a ter sentido...

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 20/01/2021
Código do texto: T7164141
Classificação de conteúdo: seguro