Cortei a rosa usei o espinho

A cada pétala uma veia enfeitada

De uma coração de camadas refeita

E a cada lua que sonho vejo pesadelo

Então diga-me em qual canto te chamo

Diga-me como cuido do meu jardim

Se a única água que recebes são lagrimas

Então a chuva que preciso esta em teus olhos

Mas não me respondes

Então corto a rosa com teu espinho

E costuro a ferida que é te amar

Como corto a felicidade de hoje em diante

Uso o espinho para furar a bolha da imperfeição

E tira-la da redoma do meu coração

Pois nesse solo não nasce flor

Nem amor nem ilusão

Gárgula de vidro
Enviado por Gárgula de vidro em 14/01/2021
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