Cortei a rosa usei o espinho
A cada pétala uma veia enfeitada
De uma coração de camadas refeita
E a cada lua que sonho vejo pesadelo
Então diga-me em qual canto te chamo
Diga-me como cuido do meu jardim
Se a única água que recebes são lagrimas
Então a chuva que preciso esta em teus olhos
Mas não me respondes
Então corto a rosa com teu espinho
E costuro a ferida que é te amar
Como corto a felicidade de hoje em diante
Uso o espinho para furar a bolha da imperfeição
E tira-la da redoma do meu coração
Pois nesse solo não nasce flor
Nem amor nem ilusão