EU SOU O QUE SOU

Eu sou o que sou

E sei que não mudarei.

Eu sou o que sou

E sei que nunca mudarei.

Eu sou o que sou

E não me venham com dever-seres

De mitologias mortas

Negadoras da diversidade humana.

Eu sou o que sou

E nada poderá me mudar!

Eu sou o que sou

E não me apontem caminhos

Cujas portas estão fechadas para mim!

Eu sou o que sou

E não estou nem aí

Par a o julgamento dos que não sabem compreender

Aqueles que são diferentes.

Eu sou o que sou

E tenho sido desde sempre.

Eu sou o que sou

E sei que não há nada de errado comigo!

Eu sou o que sou

E posso me afirmar como aquilo que sou!

Eu sou o que sou

E afirmo minha energia vital

Tanto quanto os ditos normais

Afirmam a deles.

Eu sou o que sou

E sei que hei de ser sempre.

Sim, eu sou o que sou

E sei que hei de ser sempre.

Ouviram?

Eu sou o que sou

E sei que hei de ser sempre!

E danem-se aqueles que me queriam

O contrário do que sou!

Eu sou o que sou

E sei que hei de ser sempre!

E danem-se aqueles que julgam

Que eu poderia me tornar

O contrário do que sou!

Eu sou o que sou

E sei que nunca mudarei!

Eu sou o que sou

E que se danem aqueles

Que eram meus amigos

Quando me supunham como eles

E deixaram de sê-lo

Quando me perceberam diferente!

Eu sou o que sou

E sei que nunca mudarei

E que se iludem

Aqueles que pensam

E dizem o contrário.

E todo o resto é ilusão.

Victor Emanuel Vilela Barbuy,

Santo Amaro, São Paulo-SP, 03 de janeiro de 2021.