Um frevo sem sobrinha...
Imagine um gajo recifense,
ilustre folião pernambucano,
amigo do poeta lusitano
que tenta convencê-lo e não convence.
Imagine que o gajo ainda pense,
que o tempo não deu tempo de crescer
e que, portanto, ainda pode ser
o mesmo idealista adolescente.
Imagine este gajo em Lisboa,
como se fosse um verso de Pessoa
numa noite de céu enluarado.
Imagine um frevo sem sombrinha!
A imagem que se vê, igual a minha,
retrata fielmente o que é o fado:
um voo, sob as asas do passado,
num céu em que a saudade ia e vinha.
Imagine um gajo recifense,
ilustre folião pernambucano,
amigo do poeta lusitano
que tenta convencê-lo e não convence.
Imagine que o gajo ainda pense,
que o tempo não deu tempo de crescer
e que, portanto, ainda pode ser
o mesmo idealista adolescente.
Imagine este gajo em Lisboa,
como se fosse um verso de Pessoa
numa noite de céu enluarado.
Imagine um frevo sem sombrinha!
A imagem que se vê, igual a minha,
retrata fielmente o que é o fado:
um voo, sob as asas do passado,
num céu em que a saudade ia e vinha.