Minúncias do desamor
O amor é tão longe.
O amar é tão perto.
E a alma, por onde anda
quando o que parece sabido
não passa de um grande deserto?
Do que habita a solidão dos dias,
vencidas as horas vazias,
na proximidade do espaço?
Do que se alimenta o pensamento,
distanciado de um sentimento
percorrido passo a passo?
Retrocesso que se adianta,
atraso que não releva.
O tempo, lá, acelerado
a tudo leva... leva... leva...