A dor que martela em meu peito

Todas as noites que me deito

Olho pro teto, fico a pensar

Bate um martelo em meu peito

Sinto a dor me perfurar

Eu já estou cansado

Só queria não me importar

As dores do mundo tenho carregado

Mas é muito peso para suportar

Todas as noites que olho pro teto

Penso nas injustiças, encho-me de ira

Fizeram da vida um mero objeto

A empatia em máquinas fracamente respira

De que vale sermos pensantes?

Agimos como bestas em busca de poder

Não sabemos coexistir, somos intolerantes

Alguém me explique o sentido? Não consigo entender

Sei que precisamos de armamento para proteção

Caso contrário os sedentos de poder vêm nos controlar

Mas qual a dificuldade de viver em união?

O que cria esse desejo de dominar?

Talvez essa minha esperança seja só fantasia

E uma baixa ambição, meu defeito

Acho que sofro de inocência tardia

E o sintoma? Essa dor que martela no peito

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 22/12/2020
Reeditado em 22/12/2020
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