A dor que martela em meu peito
Todas as noites que me deito
Olho pro teto, fico a pensar
Bate um martelo em meu peito
Sinto a dor me perfurar
Eu já estou cansado
Só queria não me importar
As dores do mundo tenho carregado
Mas é muito peso para suportar
Todas as noites que olho pro teto
Penso nas injustiças, encho-me de ira
Fizeram da vida um mero objeto
A empatia em máquinas fracamente respira
De que vale sermos pensantes?
Agimos como bestas em busca de poder
Não sabemos coexistir, somos intolerantes
Alguém me explique o sentido? Não consigo entender
Sei que precisamos de armamento para proteção
Caso contrário os sedentos de poder vêm nos controlar
Mas qual a dificuldade de viver em união?
O que cria esse desejo de dominar?
Talvez essa minha esperança seja só fantasia
E uma baixa ambição, meu defeito
Acho que sofro de inocência tardia
E o sintoma? Essa dor que martela no peito