Anamnese e psiquê

Do fundo dalma nasce uma lembrança

De fatos e sentimentos que não vivi

Um déjà vu de pele clara e cabelos loiros

Reminiscências de um tempo do qual parti

Platos perdoa a Aristóteles

Pois hoje recebo o legado do que senti

Nada é novo além do ciclo

De viver amar sofrer e morrer

E novamente o ciclo recomeçar

Mulher seu nome é anamnese

Sigo ao seu encontro a cada encarnação

A memória de si sequencia meus genes

Contamina a psique sutil e indelével

Por vezes mero atributo de minhalma

Em outras chaga hereditária dolorosa

Pouco importa pois sempre esteve aqui

A despeito de quantos leitos frequente

Do meu ser jamais se fará ausente