Lapso recorrente de memórias perdidas
Por que solidão?
Só lhe dão isso e nada mais!
A vida insiste em jogar com dados viciados, e a cada manhã mais um pouco dela se esvai nessa ampulheta chamada destino.
Enquanto isso os cachorros latem desesperadamente como se soubessem que a morte está chegando!
Pelas janelas sujas e embaçadas pela gordura que ali já se acumula, vejo a chuva caindo lentamente como uma folha de outono que almeja a liberdade que só o vento lhe trará.
E nós aqui choramos silenciosamente para não incomodarmos os que sorriem...
Seco as lágrimas ou elas secam-se sozinhas escorrendo pelas rugas que já trago no rosto, não sei bem ao certo.
As luzes são acesas e tudo fica claro como o dia, mais um dia ...