E se nada mudar no tempo?
Viajando, torcendo no meio da nova primavera
A verdade não lava o ânimo das mãos estranhas
Não devora as ruas se não há voz erguida no peito
Nas escolas em ordem soam regras, peregrinação
No sorriso, a inópia machuca a escala do coração.
Nas praças encobertas, há arenas desconcentradas
Se tem cabeças no campo pensam o grande estado
No arredor a míngua se espalha sem dó no coração
As batalhas diárias não abrandam a reta enfermada
Se ora no silencio vexado, os olhos ficam bordados.
Os ordinários creem nos velhacos indecisos babões
No espirito repelente, a fina flor remete aos chavões
Indelicados se vestem à frente dos potentes canhões
Há quem deite nas cores das divisas presa no coração
Na formação do pelotão alegam cauções nas estações.
Não possibilitaram construções fortes às intolerâncias
Pisotearam na calçada como se a vida fosse uma palha
Faceiraram no medo à proporção de um sonho amável
Discursaram em cima da charge torta da ficção infantil
Banhados os olhos, as mãos brotavam o sangue alheio.