Uma musa
E foi assim que apareceu bendita,
A verdejante, bela e graciosa,
Tão emplumada, densa e bonita,
E que aos céus se estendia airosa.
Esta que tinha centenários nobres,
E que foi feita pelas mãos do Artífice,
Cheia de charme e de rios enormes,
A circundar a sua superfície.
Chorou os filhos estendidos ao chão,
Pelo ronco de um motor maldito,
E pelo machado na impune mão,
Para o terceiro a executar o delito.
Gemeu a fauna agonizante e aflita,
O seu espaço de reprodução,
Onde se via a grandeza explícita,
Hoje se vê apenas um clarão.
A poluição que aos céus, hoje, se estende,
Corrói a pele da atmosfera,
Chora veneno e ninguém entende,
Porque pari catástrofes o útero da terra.
No oceano as bailarinas tristes,
Morrem no arpão ou bancos de areia,
E ainda que o homem faça seus despistes,
Vai morrer um dia nesta triste teia.
Ah que tristeza e quanta agonia,
Sacode os ombros da mãe natureza,
Como se o homem fosse a revelia,
Independente desta grandeza.
E foi assim que apareceu bendita,
A verdejante, bela e graciosa,
Tão emplumada, densa e bonita,
E que aos céus se estendia airosa.
Esta que tinha centenários nobres,
E que foi feita pelas mãos do Artífice,
Cheia de charme e de rios enormes,
A circundar a sua superfície.
Chorou os filhos estendidos ao chão,
Pelo ronco de um motor maldito,
E pelo machado na impune mão,
Para o terceiro a executar o delito.
Gemeu a fauna agonizante e aflita,
O seu espaço de reprodução,
Onde se via a grandeza explícita,
Hoje se vê apenas um clarão.
A poluição que aos céus, hoje, se estende,
Corrói a pele da atmosfera,
Chora veneno e ninguém entende,
Porque pari catástrofes o útero da terra.
No oceano as bailarinas tristes,
Morrem no arpão ou bancos de areia,
E ainda que o homem faça seus despistes,
Vai morrer um dia nesta triste teia.
Ah que tristeza e quanta agonia,
Sacode os ombros da mãe natureza,
Como se o homem fosse a revelia,
Independente desta grandeza.