Cupim de Asa

Suplícios, céus, suplícios!

Erínias severas a quem suplicar

mártir procrastinador do pudor sempre além, muito mais além...

Devia eu, ser fumegante de corpo e alma

onde serei, onde habitarei (?)

por mais divino que seja ou será

tamanha prudência, além da sutileza esbelta

onde cada cálice e cale-se transformam em rosas seguido de violetas

sentinelas a propagandear o tamanho ser inafiançável

de tamanha certeza incerta.

Aproximo-me à lâmpada

diria lâmpada a quem me aproximo

onde antes o luminoso lunar

nas escuras diárias, fazia de mim o mais seguro até então...

Lâmpadas! Diria lâmpadas!

A quem não deseja, deseja apenas o reverso de mim

possibilitando o acesso ao glorioso lunar

apesar de desviar o olhar, ela remete o mesmo...

até minhas asas esgotarem, dedicarei...

Até o último suspiro mal dado...

Até mesmo no antes visto, na sombra do sentinela com tamanha certeza incerta

o futuro tão próprio e sublime

sublimação apesar de não vista

nada visto, apenas receios... Receios

vertentes da sadia virtude

impugnação do eu

daquele que nada devia, apesar de deveres

àquele que te motiva, apesar do cativante desespero sóbrio.

Otávio M Alves
Enviado por Otávio M Alves em 23/11/2020
Código do texto: T7118923
Classificação de conteúdo: seguro