Desolo

Sim, Não é como antigamente

E a facilidade em lidar com entraves

Solúveis, com certa análise

Era isso o: “Cotidiano cega a gente”?

O estresse parece contínuo

A depressão sempre iminente

O conflito bufa um suspiro quente

A necessidade urge paciência, mas por um fino.

A contramão da praticidade

Um furo no que é justo

Mérito nunca foi universalizado

Aonde vão as rimas de desabafo?

Um, em entrelinhas, grito surdo

Marcas, apoio e desilusões, alternados

Silencioso é o suor frio carregado

Sinapses sobrecarregam o eletrostático

Não tem ajuda

Se tem, é mão dupla

“Nam”, Deus acuda

Nem sei o caminho

Se covei sozinho

Ninguém impede de enterrar?

Humanidade já era?

Me ceguei na entrega?

Hipótese louca letárgica

Mera desesperança, síndrome da porta fechada?

Sofrimento da planta ao cerebelo

E pro aperto que levo no peito

Sufoco é pouco

Viver assim, é coisa de louco

Silencioso é o suor frio sigilado.

Renan Azevedo
Enviado por Renan Azevedo em 11/11/2020
Código do texto: T7109261
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