Desolo
Sim, Não é como antigamente
E a facilidade em lidar com entraves
Solúveis, com certa análise
Era isso o: “Cotidiano cega a gente”?
O estresse parece contínuo
A depressão sempre iminente
O conflito bufa um suspiro quente
A necessidade urge paciência, mas por um fino.
A contramão da praticidade
Um furo no que é justo
Mérito nunca foi universalizado
Aonde vão as rimas de desabafo?
Um, em entrelinhas, grito surdo
Marcas, apoio e desilusões, alternados
Silencioso é o suor frio carregado
Sinapses sobrecarregam o eletrostático
Não tem ajuda
Se tem, é mão dupla
“Nam”, Deus acuda
Nem sei o caminho
Se covei sozinho
Ninguém impede de enterrar?
Humanidade já era?
Me ceguei na entrega?
Hipótese louca letárgica
Mera desesperança, síndrome da porta fechada?
Sofrimento da planta ao cerebelo
E pro aperto que levo no peito
Sufoco é pouco
Viver assim, é coisa de louco
Silencioso é o suor frio sigilado.