Vento querendo me ver
Gosto de andar contra o vento
Quando ele bagunça tudo em mim
Quando forte, o desespero do longe
Como se tivesse me procurado detalhadamente. Derrubando árvores, destelhando casas, e virando automóveis.
Uma bagunça!
Outras vezes, vem tão sereno
Que meus passos acabam sendo reduzidos e minhas mãos abertas para ampará-lo.
Ele chega sem fôlego, se despindo dos odores urbanos, poeiras do interior e pétalas artificiais para enganar beija-flor.
Vento filtrado, quase aos pedaços para me ver.
Eu o amparo e conto os malabares que faço e disfarço para tudo correr.