VENENO
Alguém me tire desta prisão que sou eu
Pois sou grades, portas, ferro
Sou prisioneira condenada, culpada
Deste meu próprio inferno
Me iludo em falsas liberdades
Mas, sou a própria doença desta enfermidade
Imagino causas, provas, álibis
Suplico: me livre “oh pai do céu” desta desumanidade
Mas, não há fuga...
Engulo diariamente o veneno deste meu próprio cálice
Fernanda A. Fernandes