Pássaros mortos.
Com o pássaro morto as mãos,
Chorava os prantos do mundo.
A vida abandonou aquele corpo,
E sua liberdade não o podia fazer voar.
As asas desfalecidas do corpo,
Não podem quebrar a complexa estrutura da gravidade,
Como a folha que se desprende da árvore,
O tempo a frente não se pode voltar.
Pássaros mortos não voam,
Assim como dias sem sóis não brilham intensamente.
Mas no abstrato da eternidade,
A alma do corpo se desprende,
E voa livre por todo o sempre.