POEMA INICIÁTICO
Sem chá, o de canela não supre,
Verdades fazem-se reticentes,
Descamisadas de encantos.
Noto que não há mais quem me busque,
Há tempos livrei-me do presente
E não causo mais espanto.
Cérebro liquidificador de sentenças,
De que me adianta sabê-lo como pensa ?
De que serve pensar se há pensares prontos
Nas prateleiras do mercado e com desconto ?
Magnetismo por leite de magnésia.
Glórias antigas carcomidas por amnésia.
Importa é caber neste quadrado tolo
E sugar-lhe a seiva salva do desconsolo.