Valsa da Eternidade

Se a vida é passageira

Por que perder tempo

buscando razões inteiras?

O tempo corre

E rapidamente já não tem o mesmo

encanto, noutro canto (desencontro).

Ferozmente o que agora vive,

Amanhã já não existirá.

Porque a vida não para

Se escalamos,

Se descemos,

Vagarosamente caminha em direção

da mais imponente felicidade.

E ai de nós se tentarmos ir contra ele

Pois o tempo é grande, supremo, sublime

Nada foge de suas garras, nem de suas sutilezas

Ele remenda e rasga, parte e une

Envelhece, tira e renova

E assim, nem mesmo a juventude soturna se salva

E assim começa este conto, uma história de perda, de uma bela valsa

Por falar em valsa,

Danças comigo?

Sem exageros, preciso de abrigo.

Na noite deserta

Esperei por muito tempo,

É... sempre muito, sempre lento.

Me ignoram ou não veem?

Se bem que, foi encanto,

E só canto por que vejo você.

E eu já nem sei mais dizer

Essa dança que você me envolveu

Minha alma se nubla ao ver os olhos teus

Cada passo, cada movimento, perde meu ser

Em teus braços encontro conforto

E as curvas, meu seguro porto

Se eu me seguro, disfarço

Por favor, não me olhe mal

Os portos se alegram a ver navios...

E eu navego nas profundezas

dos seus mares,

Não se abales,

Há salva-vidas por perto,

E mesmo assim me entrego,

Pois o medo é inimigo da felicidade.

Sara Gabriella e Marco Aurélio Ferreira
Enviado por Sara Gabriella em 22/09/2020
Reeditado em 24/09/2020
Código do texto: T7069569
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