Novos Tempos

Ouço ventos de ousadia

Sinto ânsia de rebeldia

Carrego flamejantes andanças

Farejo tempos de mudanças

O jaguar rasga a selva em seu rosnar

Altas notas o desejo busca soar

Bruxas repartem a alma do sétimo filho

Judas ressuscitado no último concílio

Noites adentro em gritos de aflição

Jovens cérebros sob fármacos de ebulição

Eras inóspitas, sem limites para o forte

Tardio armistício, único estandarte, a morte

Então depara-se o homem com a última escolha

Tal qual crisálida desejando a primeira folha

Irrompem-se criptas ao chamado de Pã

Armam-se espadas ao levante do último clã

Corpos ardentes desgovernam a noite

Vagas noturnas ao navegante, açoite

Incautos generais arquitetam novas guerras

Despertando os últimos espasmos à velha Terra

Isaque
Enviado por Isaque em 18/09/2020
Reeditado em 23/09/2020
Código do texto: T7066668
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