Juízo de louco
Era louco, mas era seu amigo!
Vendia bugigangas de papel.
Carregava nas costas um farnel,
e usava um chapéu como abrigo.
Um dia desses, esse louco amigo
brigou com ele sem motivo algum.
Tinha um bafo de vômito e de rum
e uma rolha de vinho no umbigo.
E profanou, avacalhou consigo,
sem um motivo, sem explicação.
E rosnou e ladrou qual fosse um cão,
a farejar no ar algum perigo.
Ainda hoje tento e não consigo
pensar que um louco briga sem razão.
Era louco, mas era seu amigo!
Vendia bugigangas de papel.
Carregava nas costas um farnel,
e usava um chapéu como abrigo.
Um dia desses, esse louco amigo
brigou com ele sem motivo algum.
Tinha um bafo de vômito e de rum
e uma rolha de vinho no umbigo.
E profanou, avacalhou consigo,
sem um motivo, sem explicação.
E rosnou e ladrou qual fosse um cão,
a farejar no ar algum perigo.
Ainda hoje tento e não consigo
pensar que um louco briga sem razão.