VOZES
Ouço o sangue clamando justiça e pão
Os soldados sem força implorando perdão
Pois mataram inocentes sem destino ou sorte
É o tempo de ver só mentiras e morte
Ouço as almas cansadas cantando o amor
Em Olimpos de paz, Macabeias sem dor
Intercedendo por pobres sem luz e sem voz
Nos casebres, a caveira espia atroz
Ouço as leis implorando pra serem cumpridas
E as verbas pedindo não sejam vendidas
E os presídios chamando os brancos colarinhos
A miséria querendo reformas no ninho
Ouço o tempo querendo saúde e escola
Distribuir a riqueza, a hora é agora
Promessa seja contrato, pra quem vive do voto
É a revolução marchando em paz e disposta
Ouço vozes, vozes de justiça!