VOZES

Ouço o sangue clamando justiça e pão

Os soldados sem força implorando perdão

Pois mataram inocentes sem destino ou sorte

É o tempo de ver só mentiras e morte

Ouço as almas cansadas cantando o amor

Em Olimpos de paz, Macabeias sem dor

Intercedendo por pobres sem luz e sem voz

Nos casebres, a caveira espia atroz

Ouço as leis implorando pra serem cumpridas

E as verbas pedindo não sejam vendidas

E os presídios chamando os brancos colarinhos

A miséria querendo reformas no ninho

Ouço o tempo querendo saúde e escola

Distribuir a riqueza, a hora é agora

Promessa seja contrato, pra quem vive do voto

É a revolução marchando em paz e disposta

Ouço vozes, vozes de justiça!

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 18/09/2020
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