FÉU

Me anestesiei

Em cada gota e comprimido

No cigarro consumido

Da alma desapeguei

Me entreguei a devassidão

Pelo vazio engolido

No caos, dissolvido

No cálice da depressão

É tudo era sufocante

Escravo do medo

Figurante do próprio enredo

Frágil feito o barbante

Jorge Machado
Enviado por Jorge Machado em 30/08/2020
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