Bondade
“Há uma exuberância na bondade que parece maldade.” Nietzsche
Praticar sempre o bem era o seu lema.
Não importava a quem, nem o motivo.
Dizia: é preciso manter vivo
o verso mais insosso de um poema.
Nunca economizou adjetivo
pra dar beleza a uma boa ação.
Nunca aceitou sequer um só tostão,
por remuneração ou donativo.
Era, de fato, um poço de bondade,
que nunca esvaziou nem a metade,
dos bens que, por direito, eram seus.
Até, que um certo dia, veio à tona
que ela, em verdade, era a dona
da conta que o diabo abriu pra deus.
“Há uma exuberância na bondade que parece maldade.” Nietzsche
Praticar sempre o bem era o seu lema.
Não importava a quem, nem o motivo.
Dizia: é preciso manter vivo
o verso mais insosso de um poema.
Nunca economizou adjetivo
pra dar beleza a uma boa ação.
Nunca aceitou sequer um só tostão,
por remuneração ou donativo.
Era, de fato, um poço de bondade,
que nunca esvaziou nem a metade,
dos bens que, por direito, eram seus.
Até, que um certo dia, veio à tona
que ela, em verdade, era a dona
da conta que o diabo abriu pra deus.