DUAS REDES

Eu quero uma rede
Para poder navegar,
Deitado numa rede
Com o pé na parede
Indo pra lá e pra cá.

Bato o pé, é balanço.
Aperto, é navegação.
Quando o pé eu canso,
Deitado eu descanso
E navego com a mão.

Numa rede, eu redijo,
Na outra, eu me deito
Numa eu sou prodigo,
Me expresso e exijo
Dignidade e respeito.

Na outra, me deixo ir,
Deitado a me balançar
No descer e no subir,
Até conseguir dormir
E nos sonhos navegar.

Eu preciso dessa rede,
Para eu poder relaxar,
Batendo o pé na parede,
E esquecer a outra rede
Guardada no celular.
Nilson Rutizat
Enviado por Nilson Rutizat em 19/08/2020
Reeditado em 23/08/2020
Código do texto: T7040214
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.