Outrora,


/O seu amor passou por mim como //

/se fosse um vento forte na vereda, o qual, //
/levara o meu telhado de madeira! //
/... Das altas ondas, o fluxo me rebolou num //

/deboche, daí, sequer me conformei, //
/mas, se assim foi de minha sorte, //
/me confortei por inteiro! //

/Agora, oro a Deus todo dia uma vez por hora, //
/quando, clamo e choro a tua volta! //
/Ao meu redor só vejo enfermos, cada um //

/na própria cadeira preguiçosa! //
/Sozinho, tomei um trem e fui parar na escola. //
/... Em mim, o que mais me dói é ver //

/uma orquestra sem concerto! //

/Um dia daqueles, fiz um catador //
/de esmola imprimir uma mola com //
/muita destreza. Para toda minha sorte //
/ouvi um tiro de pistola na parede, foi enorme! //
/Aí me pus em viva voz no dormitório, //
/abri o auditório e fui dormir num diretório! //
/... Jamais eu quis beber na taça alheia! //

/Naquela hora, a farsa se disfarçou e caiu na teia //

/após bicar o ópio! Saí pela janela do meu peito //

/e me mandei, sem nem mesmo me pegar //

/ou perceber... A voz que eu fiz crescer //

/abriu a porta do meu "EU" e me amparou de vez! //

/Por fim, sem vaidade e ódio é claro e óbvio, //
/graças a Deus, na História, eu me achei! //

Macêdo Alves
Enviado por Macêdo Alves em 13/08/2020
Reeditado em 27/06/2024
Código do texto: T7034406
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