CAIS DA ALMA
Juliana Valis
Não me perderei no desvão do infinito,
Meu coração é um rio que flui sem calma,
Numa profusão de luz em cada céu aflito,
Transbordando o amor no próprio cais da alma...
E se, em paz, o sonho ri do que é verdade,
Numa tempestade de vagas ilusões,
Deixarei que o tempo, na simplicidade,
Mostre a realidade, em luz, dos corações !
Não acusarei, tampouco, a só tristeza
Do que seja a dor nesses versos sós,
Assim, tão dispersos numa angústia presa
Ao próprio enigma do que somos nós...
Humanamente, vejo sempre a indelével cor
Que nos impele ao lídimo e profundo cais,
No mar fecundo que se chama amor,
Muito além da dor que todo o mundo traz...
E, assim, a vida perfaz seu rito,
Pelos labirintos tênues de emoção em chama,
Em versos de paixão tendendo ao infinito
Do próprio coração que humanamente ama !
Por tudo isso, ouça o sentimento,
Em notas da canção que sempre nos acalma,
Na própria sinfonia que nos traz o vento,
Enaltecendo o amor, enfim, no cais da alma.
Juliana Valis
Não me perderei no desvão do infinito,
Meu coração é um rio que flui sem calma,
Numa profusão de luz em cada céu aflito,
Transbordando o amor no próprio cais da alma...
E se, em paz, o sonho ri do que é verdade,
Numa tempestade de vagas ilusões,
Deixarei que o tempo, na simplicidade,
Mostre a realidade, em luz, dos corações !
Não acusarei, tampouco, a só tristeza
Do que seja a dor nesses versos sós,
Assim, tão dispersos numa angústia presa
Ao próprio enigma do que somos nós...
Humanamente, vejo sempre a indelével cor
Que nos impele ao lídimo e profundo cais,
No mar fecundo que se chama amor,
Muito além da dor que todo o mundo traz...
E, assim, a vida perfaz seu rito,
Pelos labirintos tênues de emoção em chama,
Em versos de paixão tendendo ao infinito
Do próprio coração que humanamente ama !
Por tudo isso, ouça o sentimento,
Em notas da canção que sempre nos acalma,
Na própria sinfonia que nos traz o vento,
Enaltecendo o amor, enfim, no cais da alma.