## Sendas da Vida ##

Sendas da vida

Despem-se camadas do tempo

pelas sendas da vida...

Saltos atropelam cucos,

areias pedem pernas.

Água em sede de lambição

caça a presa com destreza.

Desliza tempo,

tobogã gigante, não se adiante!

Dobra ao chão teus joelhos,

areia fértil de desejos...

E que mais vejo senão senões?

Sede em terra de vulcões.

Lava corre ao lago,

boca sedenta.

Me admira tal vexame,

ansiando sextas em quietos domingos.

Donde estará o Rei desta bagaça?

O manda chuva dos portões?

Anda assim, tão distraído?

Ou também foi pelo tempo traído?

Petrificados, inertes, perdidos,

enviados atabalhoados.

Afinal, a que viemos?

Dize-me tu, Nicodemos?

TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 16/06/2020
Código do texto: T6979441
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