3 da tarde
Declamo meus versos em minha mesa
A água fervente acompanhada das ervas
E clamo seu nome
Então você aceita preencher esse vazio
Nas serventias de um bolo e uma dose de chá
Não repare no meu chapéu, ele é tímido
Somos humanos meu senhor
Um mero grão em sua ampulheta
Mas este mero grão não é tão fino
Com a ampulheta emperrada
Sei que este tempo que fiz será eterno
As três não serão quatro
Não olhe os meus sapatos
Pois o bolo dessa vez é formigueiro
O meu peito vazio eu encho de sonhos
Ao chá fervente lhe dou 2 cubos de açúcar
A torrada não está com geleia?
Desculpe a camisa manchada
As mentes cheias são livres
Caminhamos até aqui para tomar esse sol
Acreditei que éramos livres
As minhas calças rasgaram depois de tanto subir
O céu não é o nosso lugar definitivamente
Vou voltar para o meu lar e deixar o tempo rolar
Com a ampulheta correndo eu retorno as quatro
Chego em casa depois do chá com deus