3 da tarde

Declamo meus versos em minha mesa

A água fervente acompanhada das ervas

E clamo seu nome

Então você aceita preencher esse vazio

Nas serventias de um bolo e uma dose de chá

Não repare no meu chapéu, ele é tímido

Somos humanos meu senhor

Um mero grão em sua ampulheta

Mas este mero grão não é tão fino

Com a ampulheta emperrada

Sei que este tempo que fiz será eterno

As três não serão quatro

Não olhe os meus sapatos

Pois o bolo dessa vez é formigueiro

O meu peito vazio eu encho de sonhos

Ao chá fervente lhe dou 2 cubos de açúcar

A torrada não está com geleia?

Desculpe a camisa manchada

As mentes cheias são livres

Caminhamos até aqui para tomar esse sol

Acreditei que éramos livres

As minhas calças rasgaram depois de tanto subir

O céu não é o nosso lugar definitivamente

Vou voltar para o meu lar e deixar o tempo rolar

Com a ampulheta correndo eu retorno as quatro

Chego em casa depois do chá com deus

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 12/06/2020
Código do texto: T6974876
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