CARTA DE UM CRIMINOSO
Atrás de ti, uma sombra à espreita
De teus erros, deslizes, pecados
Tu olhas pra trás, nada. Nenhuma seita
Só um espelho e tu a ele atado
Teus nervos sangram desejos curiosos
E a curiosidade matou o gato preto
Não te arrependes de teus crimes danosos
Ficas mirabolando pecados olhando para o teto
Achas que punição ou prêmio não importam
O que vale é sentires o gosto da revolta
Estás preso a sono vil, sem oração
Parece que de onde estás não há volta
Não te achas pior ou melhor que ninguém
Fazes o mal e o bem sem olhar a quem!