CARTA DE UM CRIMINOSO

Atrás de ti, uma sombra à espreita

De teus erros, deslizes, pecados

Tu olhas pra trás, nada. Nenhuma seita

Só um espelho e tu a ele atado

Teus nervos sangram desejos curiosos

E a curiosidade matou o gato preto

Não te arrependes de teus crimes danosos

Ficas mirabolando pecados olhando para o teto

Achas que punição ou prêmio não importam

O que vale é sentires o gosto da revolta

Estás preso a sono vil, sem oração

Parece que de onde estás não há volta

Não te achas pior ou melhor que ninguém

Fazes o mal e o bem sem olhar a quem!

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 10/06/2020
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