AS DUAS FACES DE UM FALSO
O falso parece nuvem, pena, sonho
Mas seu braço é pesado como ódio
Ele guarda rancor e desprezo medonho
Vê no fardo dos outros preguiça e ócio
Se acha em paz com Deus e seus atos
Não presta contas a seu Ninguém
Adora planejar, criar e executar boatos
É sempre por baixo dos panos o seu réquiem
O falso é feio e fraco, cheio de fronteiras
Quem o toca, ele elimina sem dó
É assassino sangue-frio sem morte ou asneiras
Sua maldade é calibrada, escorregadia como o pó
O falso é o colega de trabalho criticando pelas costas
Querendo te derrubar e rir de tuas penas impostas!