NÃO SABERÃO DE MIM
Estarão nos livros de história
os números da morte da pandemia.
Escreverão sobre o mundo paralisado,
Mas ninguém saberá da minha agonia.
Dos medos que sinto quando acordo,
Das noites que eu não consigo dormir
Preocupado com as pessoas que amo
E angustiado por ver o mundo assim.
Nos livros de história, os governos,
Sim, deles com certeza irão falar.
Mas será se vão escrever, nos dizer
De como foi ver o mundo agonizar?
Nos livros de história não estarão
Nem eu, nem ele e nem mesmo você
Mas na minha poesia, na sua escrita
As pessoas poderão nos conhecer.