Inocência

Eu mergulhei profundamente em minha torpe consciência,

Não há ali o menor vestígio de inocência.

Minha alma se despe, promíscua, em sua indecência,

Dança para o diabo em sua doce decadência,

Os olhos negros perderam toda a viva luminescência,

Não diziam que não era possível perder a própria essência?

Eis-me aqui, em minha imatura insolência,

Rogando ao inferno um pouco de clemência (?).

Milene Gomes
Enviado por Milene Gomes em 31/05/2020
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