O Sócrates hodierno
Na Grécia antiga havia um sujeito,
um homem simples, feio, maltrapilho...
de pai e mãe, talvez também de filho:
um nada! um joão-ninguém mais-que-perfeito!
No rastro, que deixava, havia um brilho,
que ofuscava a luz da luz do dia.
E displicentemente ele seguia
atrás de seu destino, andarilho.
Viveu, como "um escravo de sofia"
acorrentado ao próprio pensamento,
a salpicar palavras pelo vento,
nos tímpanos daquele que o ouvia.
Nos nossos dias esse tal sujeito
(um homem simples, feio, maltrapilho)
talvez não irradie o mesmo brilho
nem ande maltrapilho do seu jeito.
Talvez ande de tênis e mochila,
pé ante pé, até no fim da fila,
à espera de uma bolsa de estudo.
Talvez o tal sujeito, algum dia,
há de encontar, na grã filosofia,
uma resposta a mais, pra quase tudo.
Na Grécia antiga havia um sujeito,
um homem simples, feio, maltrapilho...
de pai e mãe, talvez também de filho:
um nada! um joão-ninguém mais-que-perfeito!
No rastro, que deixava, havia um brilho,
que ofuscava a luz da luz do dia.
E displicentemente ele seguia
atrás de seu destino, andarilho.
Viveu, como "um escravo de sofia"
acorrentado ao próprio pensamento,
a salpicar palavras pelo vento,
nos tímpanos daquele que o ouvia.
Nos nossos dias esse tal sujeito
(um homem simples, feio, maltrapilho)
talvez não irradie o mesmo brilho
nem ande maltrapilho do seu jeito.
Talvez ande de tênis e mochila,
pé ante pé, até no fim da fila,
à espera de uma bolsa de estudo.
Talvez o tal sujeito, algum dia,
há de encontar, na grã filosofia,
uma resposta a mais, pra quase tudo.