FRAGMENTOS
Amasso a folha de papel,
passo o meu risco no céu,
apenas rabisco e luz.
Amasso os meus dias,
os meus tropeços.
A folha seca e o meu
passo.
O tronco da vida e o
meu regaço.
Me protejo das palavras.
Da chuva fria,
da hipocresia.
Prefiro banhar-me inteira
na poesia,embriagar-me
de cálices tintos,de vida.
Prefiro as borboletas no jardim,
as gavetas abertas,
as poesias tortas,
as lagartas em mutação.
Nada é perfeito,
alguma coisa no avesso,
me encanta.
Me desorienta saber-me
inteira,sou "pedaço" ainda.
Talvez lagarta, que possui
asas.