PERGUNTA À FELICIDADE
Na primavera dos dias meus
Buscava o orgulho, a vaidade e o poder
A felicidade à tarde levava-me aos céus
E eu desdenhava sua amizade, seu ser
No outono dos dias meus
Eu já possuía a vaidade, o orgulho e o poder
Mas da felicidade, não mais vi os olhos seus
Daria tudo por mais um seu entardecer
No inverno dos dias meus
Não tenho mais vaidade, orgulho ou poder
Minha vida é um triste anoitecer
Espero subir, por fim, aos céus
Reencontrar pra dizer a saudosa felicidade:
“Por que esquecestes de mim em tão tenra idade?”