MUDANÇA

Ninguém é o mesmo depois de viver

De dez em dez anos temos outro esqueleto

Não de quitina, mas de decepções e sofrer

Como cigarros, recriamos canto e soneto

Ninguém é o mesmo depois de humilhado

A tortura faz repensarmos nossa conduta

O trabalho faz criticarmos nosso passado

A enxada pode refletir solidariedade ou disputa

Ninguém é o mesmo depois da escrita

Depois de experimentado seu exagero e o equilíbrio

Depois das reflexões que traz esta bandida

Depois que as ideias fazem da mente um rio

Ninguém é o mesmo depois da saudade

Depois de perder qualquer pedaço de nossa verdade

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 22/05/2020
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