SONHO DE MOÇA
Trago solidão no meu caminho de amor
Choro saudades na minha vida de flor
Sou meiga e formosa, frágil criança
Sem passado e patética, não sonho lembranças
Quem quiser meu coração desfrutar
Deve ter a alma de um bravo
As mãos de cavalheiro e o corpo de um escravo
Se fingir de prisioneiro pra eu pensar que me traz o amor
Tenho tantos impulsos: morrer, matar, mentir
Só não tenho quem me faça querer voltar a sorrir
Pois meus seios vertem o leite da bondade
Minha maldade é passatempo, diversão
Só trairia um amor de lealdade
Apenas se não simpatize com ele o meu coração
Sou forte na doçura que me fez mulher
Sou templo de desejos sem um fervoroso devoto
Sou flor cheirosa que ninguém veio colher
Sou espelho sem reflexo esperando um belo rosto