Eu escolho a verdade.
quem um dia irá mensurar o quanto dói a dor de uma verdade;
calma, me entenda, não falo de qualquer uma delas,
aquela que demora, que se vê ao longe, como se fosse um barco à velas;
enquanto não chega, tortura e machuca, não importa sexo, local ou idade.
quem irá definir o que é paranoia, loucura ou devaneio;
calma? sinto muito, mas não tem como me pedir isso,
não dá pra controlar essa angústia que domina feito feitiço;
o que faz do forte, fraco, e o que era belo, agora é de um todo, feio.
quem, sendo são, escolheria viver de dúvida, sabendo de nada;
pensando no como, quando e por que, sem de fato conseguir entender,
que uma verdade que liberta pode até fazer doer;
mas nunca devastará sua alma como a dúvida que vem da pessoa amada.
quem? digo eu, a verdade que acalenta, apazigua e conforta, a negaria;
sabendo todos que é melhor chorar com início meio e fim,
do que chorar toda hora, sem hora, por mais de horas, ah! como isso é ruim;
eu escolho a verdade, crendo que é o mínimo que todo amado mereceria.