A seca no Sul

A chuva, o asfalto molhou,

E pó encalacrado apagou;

Banhou as folhas verdes,

Mas, não da terra, a sede...

Sedenta, expõe os cortes,

Cicatrizes do Sol tão forte;

Peixe ainda economiza ar,

E água não voltou a jorrar...

A seca, assim, fazia tempo,

Que não se via, vinha vento;

Levava a nuvem, só pingava,

Homem; forte; não chorava...

Talvez faltou agradecer mais,

Que lamentar tanto, pois, ais;

Serão dados; perder, ganhar,

É Deus quem dá, e sabe tirar...

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